terça-feira, 21 de setembro de 2010

equinócio



::: de outono, ou será de primavera ? ... quero eu dizer:


http://www.oasrn.org/cultura.php?id=239

se liga na real ! 




sábado, 11 de setembro de 2010

fever


girl, you'll be a woman soon:



but, while it's fiction, let's get ready



and, honey, the party doesn't start until i arrive.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

in a daze

sometimes a girl gets dazed







wonders about the why's, suspects on herself, and when it gets to the point of time to freeze it's the exasperation that puts on your skin some other identity further



segunda-feira, 6 de setembro de 2010

de te ver.


Às vezes se te lembras procurava-te
retinha-te esgotava-te e se te não perdia
era só por haver-te já perdido ao encontrar-te
Nada no fundo tinha que dizer-te
e para ver-te verdadeiramente
e na tua visão me comprazer
indispensável era evitar ter-te
Era tudo tão simples quando te esperava
tão disponível como então eu estava
Mas hoje há os papéis há as voltas a dar
há gente à minha volta há a gravata
Misturei muitas coisas com a tua imagem
Tu és a mesma mas nem imaginas
como mudou aquele que te esperava
Tu sabes como era se soubesses como é
Numa vida tão curta mudei tanto
que é com certo espanto que no espelho de manhã
distraído diviso a cara que me resta
depois de tudo quanto o tempo me levou
Eu tinha uma cidade tinha o nome de madrid
havia as ruas as pessoas o anonimato
os bares os cinemas os museus
um dia vi-te e desde então madrid
se porventura tem ainda para mim sentido
é ser a solidão que te rodeia a ti
Mas o preço que pago por te ter
é ter-te apenas quanto poder ver-te
e ao ver-te saber que vou deixar de ver-te
Sou muito pobre tenho só por mim
no meio destas ruas e do pão e dos jornais
este sol de janeiro e alguns amigos mais
Mesmo agora te vejo e mesmo ao ver-te não te vejo
pois sei que dentro em pouco deixarei de ver-te
Eu aprendi a ver na minha infância
vim a saber mais tarde a importância desse verbo para os gregos
e penso que se bach hoje nascesse
em vez de ter composto aquele prelúdio e fuga em ré maior
que esta mesma tarde num concerto ouvi
teria concebido aqueles sweet hunters
que esta noite vi no cinema rosales
Vejo-te agora vi-te ontem e anteontem
e penso que se nunca a bem dizer te vejo
se fosse além de ver-te sem remédio te perdia
Mas eu dizia que te via aqui e acolá
e quando não te via dependia
do momento marcado para ver-te
Eu chegava primeiro e tinha de esperar-te
e antes de chegares já lá estavas
naquele preciso sítio combinado
onde sempre chegavas sempre tarde
ainda que antes mesmo de chegares lá estivesses
se ausente mais presente pela expectativa
por isso mais te via do que ao ter-te à minha frente
Mas sabia e sei que um dia não virás
que até duvidarei se tu estiveste onde estiveste
ou até se exististe ou se eu mesmo existi
pois na dúvida tenho a única certeza
Terá mesmo existido o sítio onde estivemos?
Aquela hora certa aquele lugar?
À força de o pensar penso que não
Na melhor das hipóteses estou longe
qualquer de nós terá talvez morrido
No fundo quem nos visse àquela hora
à saída do metro de serrano
sensivelmente em frente daquele bar
poderia pensar que éramos reais
pontos materiais de referência
como as árvores ou os candeeiros
Talvez pensasse que naqueles encontros
em que talvez no fundo procurássemos
o encontro profundo com nós mesmos
haveria entre nós um verdadeiro encontro
como o que apenas temos nos encontros
que vemos entre os outros onde só afinal somos felizes
Isso era por exemplo o que me acontecia
quando há anos nas manhãs de roma
entre os pinheiros ainda indecisos
do meu perdido parque de villa borghese
eu via essa mulher e esse homem
que naqueles encontros pontuais
decerto não seriam tão felizes como neles eu
pois a felicidade para nós possível
é sempre a que sonhamos que há nos outros
Até que certo dia não sei bem
ou não passei por lá ou eles não foram
nunca mais foram nunca mais passei por lá
Passamos como tudo sem remédio passa
e um dia decerto mesmo duvidamos
dia não tão distante como nós pensamos
se estivemos ali se madrid existiu
Se portanto chegares tu primeiro porventura
alguma vez daqui a alguns anos
junto de califórnia vinte e um
que não te admires se olhares e não me vires
Estarei longe talvez tenha envelhecido
terei até talvez mesmo morrido
Não te deixes ficar sequer à minha espera
não telefones não marques o número
ele terá mudado a casa será outra
Nada penses ou faças vai-te embora
tu serás nessa altura jovem como agora
tu serás sempre a mesma fresca jovem pura
que alaga de luz todos os olhos
que exibe o sossego dos antigos templos
e que resiste ao tempo como a pedra
que vê passar os dias um por um
que contempla a sucessão da escuridão e luz
e assiste ao assalto pelo sol
daquele poder que pertencia à lua
que transfigura em luxo o próprio lixo
que tão de leve vive que nem dão por ela
as parcas implacáveis para os outros
que embora tudo mude nunca muda
ou se mudar que se não lembre de morrer
ou que enfim morra mas que não me desiluda
Dizia que ao chegar se olhares e não me vires
nada penses ou faças vai-te embora
eu não te faço falta e não tem sentido
esperares por quem talvez tenha morrido
ou nem sequer talvez tenha existido


(MURIEL, de Ruy Belo, em TODA A TERRA)

quarta-feira, 5 de maio de 2010

teaser


é esta a minha pele: texturada, rugosa, perfurada, irregular e queimada. no interior decorrem todos os processos que uma cabeça exacerba. fico em mim por muito tempo, e a paranóia percorre todos os orgãos, espaços e vazios do meu lugar - refúgio. o meu cérebro pensa tudo, numa associação total e multiplicação indevida - acredito que algumas coisas devem ser agrupadas com critério.
canso-me da minha metade sonâmbula à vida. canso-me da metade do nada. e canso-me de estar cansada.
errático ritmo sincopado, intermitente.
dos devaneios, das paranóias, das extremidades desgastadas desafio-me: a ser um intruso em mim.
  
esperei por um dia como este, para dizer adeus, de longe, e por enquanto. àquele problema ubíquo da regra: nenhuma. 


exagero e quero tudo ao mesmo tempo. agora, tudo aquilo que neguei.


i'M TEASING MYSELF





terça-feira, 13 de abril de 2010

i'm MILES away

please don't spoil my day

The Beatles - I'm Only Sleeping
Found at skreemr.com

sexta-feira, 2 de abril de 2010

WOOF WOOF


"my dog barks some. mentally you picture my dog, but i have not told you the type of dog which i have. perhaps you even picture Toto, from 'the wizard of oz'.
but i warn you, my dog is always with me. WOOF!"

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Silence and Light





















Brother Claus Field Chapel, near Cologne, Germany: Peter Zumthor


"The world with its many people, each one a singularity, each group of different experiences revealing the nature of the human in varied aspects, is full of the possibility of more richly sensing human agreements from which new architecture will come. The world cannot be expected to come from the exercice of present technology alone to find the realms of new expression. I believe that technology should be inspired. A good plan demands it.

A word about Silence and Light. A building being built is not yet in servitude. It is so anxious to be that no grass can grow under its feet, so high is the spirit of wanting to be. When it is in service and finished, the building wants to say, "Look, I want to tell you about the way I was made". Nobody listens. Everybody is busy going from room to room.

But when the building is a ruin and free of servitude, the spirit emerges telling of the marvel that a building was made.

(...) We are simply extending what happened long ago; the beggining may be considered the most marvelous without precedent, yet its making was as sure as life.

Light is the material life. The mountains, the streams, the atmosphere are spent light.
Material, nonconscious, moving to desire; a desire to express, conscious moving from shadow to light, meeting at an aura, a threshold where the will senses the possible. The first feeling was of beauty, the first sense was of harmony, of humanity undefinable, unmeasurable, and measurable material, the maker of all things.

At the threshold, the crossing of Silence and Light, lies the sanctuary of art, the only language of humanity. It is the Treasure of the Shadows, lying in that ambiance: Light to Silence, Silence to Light. Whatever is made of light casts a shadow. Light, the giver of presence, casts its shadow, which belongs to light. What is made belongs to light and to desire.

(...) Desire is the thing not made, the roots of the will to live."

Louis Kahn

quarta-feira, 31 de março de 2010

inspiration


"The institution will die when its inspirations are no longer felt and when it operates as a matter of course. Human agreement however, once it presents itself as a realization is indestructible. For the same reason a person is unable to work below their level of comprehension. To explain inspiration, I like to believe that it is the moment of possibility when what to do meets the means of doing it."




Louis Kahn, "the room, the street and human agreement"

the reason for living is to express




"Despertar noutro ser humano poderes e sonhos além dos seus, induzir nos outros um amor por aquilo que amamos; fazer do seu presente interior o seu futuro: eis uma tripla aventura como nenhuma outra."

George Steiner, "as lições dos mestres"

terça-feira, 30 de março de 2010










                                            













segunda-feira, 29 de março de 2010

segunda-feira, 22 de março de 2010

arma matter

servem na perfeição tanto para os imprevistos inoportunos, como para descargas de raiva intencionadas, previstas e planeadas. encaixam no meu pé direito às coisas sofríveis da minha testa. confrontador ileso, à medida das cobardias que se tem a aturar. ignoscência garantida: afirmo-me materialista, dependente de tendências. contornar a lei na mesma espiral que me faz sair de órbita enche-me de gozo.

















obrigada Louboutin pela sapatada.

sexta-feira, 19 de março de 2010

a rimar com o dia do pai



um presente para celebrar este dia...
merece-o pela ironia do filho bastardo o oferecer ao génio pai que pouco teve.

NATHANIEL KAHN dirige o documentário: MY ARCHITECT

ao grande, LOUIS KAHN.

fui também presenteada a assistir ao documentário, pela manhã. não sei dizer, mas ainda estou a degustar em digestão lenta.

é adorável, é comovente, é trágico: é muito bom.

http://www.myarchitectfilm.com/

http://www.imdb.com/title/tt0373175/


UMA QUESTÃO DE CARÁCTER.

ó-i ó-ai


ó-ai meu bem. para o meu!


« Le Saut dans le vide », 5, rue Gentil-Bernard, Fontenay-aux-Roses, octobre 1960
Action artistique d'Yves Klein
Titre de l’œuvre d'Yves Klein d'après son journal « Dimanche 27 novembre 1960 » :
« Un homme dans l'espace ! Le peintre de l'espace se jette dans le vide ! », 1960

prenunciação

quinta-feira, 18 de março de 2010

RED ALERT


quero muito lá estar:



Paula Santos no WAYD#012

A arquitecta Paula Santos é a próxima convidada do ciclo de tertúlias WAYD a decorrer no dia 1 de Abril, às 21h. A entrada é livre.


O WAYD, recorde-se, é um espaço dedicado à partilha de experiências, no qual se dá a conhecer aos membros da Ordem e ao público em geral, a actual produção arquitectónica, através da apresentação e debate de projectos não construídos.


Mensalmente, a OASRS convida uma personalidade da arquitectura para falar de um projecto seu (Manuel Aires Mateus, Pedro Domingos, José Adrião, Fernando Martins, Cristina Veríssimo e Diogo Burnay, Pedro Pacheco, Pedro Gadanho e a dupla Telmo Cruz/Maximina Almeida, entre outros, já passaram por cá) mas em que qualquer arquitecto, completando o painel, pode inscrever-se para apresentar e conversar sobre o seu trabalho.

WAYD !



brilhante : a Ordem dos Arquitectos - secção regional sul, promove um espaço dedicado à partilha de experiências, no qual se dá a conhecer aos membros da Ordem e ao público em geral, a actual produção arquitectónica.

trata-se de um debate de ideias e de projectos, em que a OASRS convida uma personalidade da arquitectura (Manuel Aires Mateus na primeira sessão) e em que qualquer arquitecto, completando o painel, pode inscrever-se para apresentar e conversar sobre o se trabalho - a intervenção de cada arquitecto presente deverá durar 13 minutos.

na primeira semana de cada mês o «What Are You Doing» «devolve à Ordem o espírito das velhas tertúlias»: um convidado a que se juntam três participantes revelam-nos o que está a acontecer com o seu processo criativo.

a organização quer transformar o auditório da sede «num espaço
lounge, com boa música, num ambiente informal, para pensar arquitectura». Lança, assim, o mote para os arquitectos exporem publicamente os seus trabalhos – um projecto, um concurso, uma ideia que estejam a desenvolver.



terça-feira, 16 de março de 2010

FLESH . TRASH . HEAT


you always TURN the HEAT!





FLESH . TRASH . HEAT


GOLDEN SPARKLES




























RICARDO DOURADO plenty in every sense *


domingo, 14 de março de 2010

WRONG




matthew herbert - wrong

sábado, 13 de março de 2010

fúrias destas



constantes.
não conseguir levar o corpo ao sono e inquietar mais a cabeça. ferver.
segundos - minutos - horas, o tempo sem conta, a luz a invadir a casa anuncia a demora. o tempo todo.
todo a contribuir para uma insanidade nervosa.
com os anos premiados por momentos destes já comporto defesas: não faço nada. e por nada quero dizer: depois de me reprimir por tanta decomposição de pensamentos vários e pequenos, castigo-me e então desprendo-me. afinal tudo em mim está activo. uso-me! e produzo qualquer coisa. é a forma mais saudável que até agora encontrei para satisfazer e vingar-me da maldade que não me deixa dormir. uma luta bem familiar. só me proponho a vencer - o medo.






at least it could be sweet


but i'm no moss...